Ah, a mulher madura!
Ela é, dos colhidos, o fruto dourado,
no ponto para ser saboreado
pela boca que anseia doçura.
Exalando o néctar da lubricidade sedutora,
mansa e delicadamente se põe à procura.
Sem vergonha, sem pudor, sem frescura,
finca as presas e garras de caçadora.
[Com a sutileza
que a experiência lhe assegura
envolve quem ama
em seus lençóis de brumas]
O belo corpo nu, que a cama emoldura,
leva ao céu, entre urros e gemidos,
aquele que não tem asas,
mas que, por um momento,
sente-se leve como plumas
a resfolegar num colchão de brasas.
(Eduardo Magalhães .’.)
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