Unbreakable: Fotos mostram frases que vítimas de abuso sexual costumavam ouvir

Projeto “Unbreakable” foi criado pela estudante americana Grace Brown para denunciar crimes de abuso sexual e já conta com cerca de mil fotos.

Debora Pivotto

De tanto ouvir histórias de amigos e conhecidos que sofreram algum tipo de abuso sexual, a americana Grace Brown, 19 nos, decidiu que queria fazer algo para denunciar esse crime. “A minha ideia era mostrar para as pessoas que é um problema muito mais comum do que a gente pensa”, diz Grace.

Para isso, a estudante de fotografia teve a ideia de criar um projeto simples, mas muito impactante. Fotografou as vítimas segurando um cartaz com frases que costumavam ouvir dos abusadores – e que nunca foram esquecidas. Coisas como “Se você contar para alguém, ninguém vai acreditar” ou “é isso que os pais costumam fazer com as filhas”.

Assim, nasceu em novembro de 2011 o projeto Unbreakable (inquebrável, em português), que já conta com quase mil fotografias de pessoas do mundo todo. Veja a seguir uma entrevista com a estudante e uma galeria com mais fotos do projeto.

– “Não use roupas íntimas esta noite” – noivo da minha mãe (eu tinha 6) –

Como surgiu a ideia do Unbreakable?
Eu já tinha ouvido muitas histórias de pessoas que tinham sofrido abusos, e elas foram ficando cada vez mais frequentes. Até que um dia, uma amiga desabafou comigo e contou que também já tinha sido uma vítima. E lidar com o sofrimento de uma outra pessoa foi algo muito difícil pra mim. Tive a sensação de que aquilo iria acontecer sempre com os meus amigos. E no dia seguinte, eu acordei com a ideia do projeto.

– “Se contar para alguém, seus pais não vão mais te amar” –

Quantas pessoas já participaram?
Eu já fotografei cerca de 160 pessoas e outras 800 mandaram as próprias imagens.

Algum brasileiro?

Nunca me preocupo muito com a origem das imagens, mas já vi sim pessoas do Brasil.

Por que acha que tanta gente quer participar? Como isso pode ajudá-las a superar a questão?

Quando as pessoas passam por situações como essa, muitas vezes, elas não percebem que aquilo é como uma pedra no estômago que estão carregando. Participar do projeto é uma chance de liberar um pouco isso e dizer que ‘sim, eu passei por tudo isso e sobrevivi, sou inquebrável’. As frases são muito pesadas. Eu quis fazer o projeto para mostrar como o abuso sexual é muito mais frequente do que se pensa. Nem imaginei que fosse ter um processo de “cura” por trás disso. Mas algumas semanas depois, as pessoas começaram a falar como tinha sido catártico participar do projeto.

Fonte: Profissão Repórter

A infinidade de amores na dor de existir

Paradoxo do amor: o que falta ao amante é justamente o que o amado não tem

O discurso psicanalítico, ao investigar os fundamentos do amor, apresenta, de forma sistematizada, o que os poetas já sabiam: o encontro da verdade com o saber não decifra toda a verdade.

O desejo de saber o que o amor é esbarra com algo indizível. Assim, o que não pode ser dito e escrito converte o amor em “um mal, que mata e não se vê”, em “um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei por quê” (Camões). Amar e saber o que é amar são coisas diferentes. Amar é um acontecimento que nunca se esquece; é inventar sentidos para a existência no mundo. Saber o que é amar é impossível, porque “quem ama nunca sabe o que ama; nem sabe por que ama, nem o que é amar” (Fernando Pessoa).

Diante da impossibilidade de saber toda a verdade, fala-se de amor. Isso é o que vem sendo feito há séculos. Platão, em O Banquete, retrata os lugares do discurso: o do amante e o do amado. Jacques Lacan (1901-1981) baseia-se no amor grego para articular o par amante-amado com a estrutura do amor. Aquele que experimenta a sensação de que alguma coisa lhe falta, mesmo não sabendo o que é, ocupa o lugar de sujeito do desejo (amante); aquele que sente que tem alguma coisa, mesmo não sabendo o que é, ocupa o lugar de objeto (amado). O paradoxo do amor reside justamente no fato de que o que falta ao amante é precisamente o que o amado não tem. Se Eros nasce de uma aspiração impossível, que é de dois fazer um, o ser humano inventa o mito do amor, sustentado na promessa de felicidade. E, enquanto isso não vem, o bem se transforma em mal, inaugurando uma escola de amor infeliz.

Freud e a teoria da sexualidade humana
Em O Mal-estar na Civilização, Sigmund Freud (1856-1939) adota a versão do amor que se encontra no poema “Sobre a Natureza”, do filósofo grego Empédocles (490-430 a.C.): Eros é uma força que tende para a unificação. Em As Pulsões e Suas Vicissitudes (traduzido em português por Os Instintos e Suas Vicissitudes), Freud cria o conceito de pulsão para construir uma teoria da sexualidade humana: as pulsões são os representantes psíquicos de estímulos internos, situando-se no limite entre o psíquico e o somático, e apresentam-se divididas em pulsões sexuais e pulsões do eu (pulsões de autoconservação).

As pulsões sexuais (oral, anal e genital), constituídas por quatro elementos (impulso, fonte, alvo e objeto), passam por quatro processos de transformação: reversão a seu oposto, retorno em direção ao próprio eu, recalque e sublimação. A reversão a seu oposto caracteriza-se pela transformação do amor em ódio. Essa metamorfose se refere a um tempo arcaico, regido pelo autoerotismo (narcisismo primário), o qual é dividido em duas fases. Na primeira fase, as pulsões do eu e as pulsões sexuais têm o mesmo alvo, porque ainda não se separaram: é a satisfação autoerótica. Sob o domínio do princípio de prazer, constitui-se um eu primitivo, interessado pelo que lhe dá prazer e desinteressado do que lhe dá desprazer. Essa indiferença, nomeada de “repúdio primordial do eu narcísico”, inaugura o ódio.

Na segunda fase, o eu da realidade, transformado em eu do prazer purificado, realiza a distinção entre o fora e o dentro pela via da fantasia: o que causava desprazer e era odiado é expulso do próprio corpo, passando a constituir, então, o campo dos objetos; o que causava prazer passa a ser amado e, como tal, incorporado ao próprio corpo (eu do prazer). É importante ressaltar que a precedência do ódio sobre o amor está diretamente ligada às suas fontes: o ódio nasce sob o domínio do princípio de prazer e o amor inaugura-se no momento em que se constitui a pulsão. Do acoplamento do amor ao ódio resulta a marca primordial do amor, a ambivalência (amor/ódio).

Em Sobre o Narcisismo: uma Introdução, Freud aborda o amor a partir da escolha de objeto. Todo ser humano tem dois objetos sexuais: ele mesmo e aqueles que desempenham as funções de alimentação e de proteção. Em função disso, temos duas escolhas: narcísica e anaclítica. Na escolha narcísica, ama-se o que se é, o que se foi ou o que se gostaria de ser. Aqui, o objeto é amado com a mesma intensidade que outrora o eu do prazer fora amado no autoerotismo. Na escolha anaclítica, ama-se a parte do eu que foi renunciada e transferida para o objeto, fazendo com que o objeto seja revestido das funções materna e paterna: a mulher que alimenta ou o homem que protege.

Freud retoma, em Psicologia de Grupo e Análise do Ego, a escolha do objeto amado pelos mecanismos de idealização e de identificação. A idealização caracteriza-se pelo engrandecimento do objeto e a identificação pela forma mais arcaica de laços afetivos com o objeto. Na idealização, o intenso investimento do eu no objeto implica não só o empobrecimento desse eu, mas também a sua ligação com o objeto, mesmo depois da perda ou do abandono.

A separação é vivida como dilaceração, fazendo com que o eu experimente a dolorosa sensação de que uma parte de si mesmo foi arrancada para sempre. Por sua vez, na identificação, a perda ou o abandono do objeto conduz à incorporação de suas propriedades pelo eu. Assim, na idealização, o objeto é colocado no lugar do ideal do eu, e, na identificação, o objeto é colocado no lugar do eu. Na idealização, ingressamos no reino da paixão, onde o amante, encantado pelo objeto amado, é levado à servidão sem limite. Na cegueira da paixão, o enamorado pode inclusive ser arrastado ao impulso do crime. A perda do objeto da paixão converte o amor em ódio, fazendo com que o desejo de posse se transforme em desejo de destruição.

Lacan e o amor como paixão e dom ativo
Lacan, em seu projeto de retorno à obra de Freud, faz questão de enfatizar que é preciso distinguir entre o amor como sentimento da paixão e o amor como dom ativo. O amor como paixão inscreve-se no plano das relações imaginárias, nível das relações especulares, em que as imagens do eu e do outro se confundem. O amor como dom ativo inscreve-se no plano das relações simbólicas, dimensão da palavra, cujo registro é o da verdade, da mentira, da equivocação e do erro. A paixão visa ao outro como objeto e o amor visa ao outro como sujeito.

Na paixão, exigem-se provas de amor. Mesmo que as provas sejam dadas, nunca o apaixonado se dá por satisfeito, porque não se trata de ser amado, mas, sim, de querer ser amado do modo pelo qual se imagina que se deva ser amado. Qualquer particularidade do outro amado tem de ser apagada para que se mantenha a fantasia de que de dois se faz um. Lágrimas são derramadas pelo que deveria ter sido e não foi. O fracasso de um sonho torna-se a causa do sofrimento de amor, o qual se transforma em ódio de si mesmo e do outro. Na paixão, amar é querer enviscar-se no objeto, capturando-o; odiar é querer desvencilhar-se do objeto, aviltando-o. Lacan afirma inclusive que “o ódio não se satisfaz com o desaparecimento do adversário”.

Não basta o exílio, a prisão, o assassinato; é preciso a injúria para denegrir o ser do outro odiado. Se não se pode eliminar a existência do outro odiado na linguagem, o caminho da difamação é a via pela qual se tenta associar um nome à indignidade e à vilania. Um terceiro elemento é acrescentado ao par amor-ódio: a ignorância. O desejo de não querer saber está para a paixão assim como o desejo de querer saber está para o amor. O amor como dom ativo está para além da fascinação imaginária, porque se dirige ao ser do outro em sua particularidade. Trata-se de um amor que se inscreve no regime da diferença, onde dois não fazem um, mas dois.

No Seminário 4: a Relação de Objeto, Lacan aborda outra modalidade do amor, aquele concebido como recusa do dom e situado em torno do que o objeto amado não tem. Três elementos entram em cena: amante, objeto amado e para além do objeto. O que se ama está para além do objeto. E o que estaria nesse além senão a própria falta? Justamente por isso, Lacan diz que o dom dado em troca não é nada: “o nada por nada é o princípio da troca”. Na dialética da recusa do dom, o sujeito sacrifica-se para além daquilo que tem. Então, amar é dar o que não se tem, e o acento está no amor, não no objeto amado. Esse acento comparece no amor cortês (o trovadorismo dos séculos 12 e 13), na concepção barroca de amor, em Fernando Pessoa etc. O que se ama é o próprio amor.

Lacan introduz, ainda, no Seminário 11, o conceito de sujeito-suposto-saber (SsS) no amor de transferência: “Desde que haja em algum lugar o sujeito-suposto-saber, há transferência”. A introdução de um sujeito-suposto-saber no amor de transferência não modifica a sua estrutura, que é a mesma da paixão. Por isso, ao amar alguém, suponho um saber; ao odiar a alguém, suponho um não saber (o saber que está em jogo é um saber sobre o desejo).

Há uma infinidade de amores. Mesmo assim, o amor não é a panaceia para a dor de existir, inclusive porque, como nos ensina um poema do século 16 atribuído a Camões (“Amor É Fogo que Arde sem Se Ver”), como se pode esperar paz, harmonia e felicidade nos corações humanos, “se tão contrário a si é o mesmo amor”?

Fonte: Revista Cult

Estudo: Pessoas conseguem viver sem banho, sexo e álcool, mas não sem internet

O que é melhor do que sexo, cerveja ou chocolate? Segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Daily Mail, nenhum dos dois: a resposta é internet.

Um estudo do Boston Consulting Group envolvendo 20 mil pessoas em países do G20 apontou que mais de 20% dos entrevistados deixaria de fazer sexo se essa fosse a condição para continuar online.

A pesquisa, que questionava do que as pessoas abririam mão para se manterem conectadas à web por um ano, teve 73% de respostas indicando preferir ficar sem bebidas alcóolicas, e a mesma quantidade abandonando o chocolate. Outros 43% preferiam não praticar exercícios.

O estudo apontou que ficar sem GPS, para 84% das pessoas, e sem fast food, para 83% delas, são os maiores “sacrifícios” em prol da internet, na situação hipotética. Nos Estados Unidos, os entrevistados abandonariam também álcool, chocolate e sexo antes de deixar o carro para trás (10%) – ao menos o banho vem depois disso, com 7%, mesma média global.

No Brasil, 78% das pessoas desistiriam do GPS, 76% deixariam de beber e 72% abririam mão de fast food. As abstinências seguintes seriam café (60%), chocolate (59%) e exercícios físicos (43%). O carro (24%) vem na sequência, sexo é a oitava opção, com 12% dos votos, e banho é a nona, com 8%.

Entre outras preferências nacionais, vale destacar que a Indonésia é o país onde o álcool é a primeira opção (89%), deixando para segundo e terceiro lugares o banho e o chocolate (78%). O doce é o topo da lista na Coreia do Sul (84%). No Japão, 56% abdicariam do sexo.

Fonte: D24am

700 brasileiros buscaram terapia anti-aids de emergência

O uso de antirretrovirais depois de uma relação sexual considerada de risco evita a infecção pelo HIV. O Ministério da Saúde afirma que o tratamento não tem substituído o uso de preservativos, como era temido
Redação ÉPOCA, com Agência Estado

Nos últimos dez meses, cerca de 700 brasileiros usaram antirretrovirais depois de uma relação sexual considerada de risco. O tratamento, considerado emergencial, evita a infecção pelo HIV. O uso da medicação no caso de relações de risco provocou receio no início por parte de médicos, que acreditavam que a oferta de medicamentos poderia levar a população a relaxar no uso de preservativos. Algo que, de acordo com Ministério da Saúde, não ocorreu.

“As pessoas percebem que não se trata de uma simples pílula do dia seguinte”, afirma a infectologista do Centro de Referência e Treinamento em DST-Aids de São Paulo, Denise Lotufo.

Feita com 3 medicamentos durante 28 dias, a terapia pós-exposição, como é chamada, provoca efeitos colaterais e somente pode ser indicada por médicos. Ela é recomendada para pessoas que tiveram relações sexuais desprotegidas com portadores de HIV ou pertencentes a grupos de risco: homossexuais sexualmente ativos, usuários de drogas e profissionais do sexo.

Infectologista do Departamento de DST-Aids e Hepatites Virais do ministério, Ronaldo Hallal assegura que não há relatos de pessoas que seguidamente batem às portas dos serviços de urgência em busca do tratamento. Além de não incentivar o abandono do preservativo, ele conta que a oferta da terapia atua até como reforço da prevenção. “Ela facilita o contato dos profissionais de saúde com a população que sempre teve comportamento de risco. As equipes foram preparadas para oferecer teste, dar orientação na tentativa de auxiliar a pessoa a adotar medidas preventivas.”

O presidente do Fórum de Aids de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, afirma que a procura foi pequena. “Nem todos sabem que esse recurso está disponível. Temos relatos de pessoas que tiveram o pedido de terapia negado. Nosso receio é de que essa recomendação acabe se transformando em letra morta.”

 

Fonte: Época

Homens são mais felizes no casamento e mulheres no sexo, diz estudo

 

Com o passar dos anos, mulheres gostam mais do sexo e homens valorizam mais os carinhos

Nos relacionamentos, o carinho é mais importante para os homens do que para as mulheres. E eles se mostram mais felizes com casamentos longos do que elas, que ficam mais satisfeitas com o sexo conforme estão há mais tempo com uma mesma pessoa.

As conclusões são de um estudo do Instituto Kinsey da Universidade de Indiana, publicado na revista Archives of Sexual Behavior. A pesquisa ouviu mais de 1.000 casais dos Estados Unidos, Brasil, Alemanha, Japão e Espanha, que estavam juntos, em média, há 25 anos.

Os participantes eram homens de 40 a 70 anos e suas parceiras, em relacionamentos de pelo menos um ano. A pesquisa foi feita com 200 casais de cada país, que responderam questionários para cada gênero (e os resultados não seriam compartilhados com o parceiro).

Para os homens, a felicidade no relacionamento era mais provável se ele estivesse em boa saúde e se preocupasse com o orgasmo da mulher. Beijos e carinhos frequentes foram apontados como indicador de felicidade por homens, mas não por mulheres.

Ambos reportaram maior satisfação sexual quanto maior a frequência de beijos, carinhos e sexo, além de carícias sexuais. Por outro lado, para os homens, ter tido mais parceiras sexuais durante a vida levava a uma maior insatisfação sexual.

Os homens se diziam mais felizes nas relações mais duradouras, enquanto para as mulheres era a satisfação sexual que crescia com o tempo. Mulheres que tiveram parceiros por menos de 15 anos eram menos satisfeitas, mas após 15 anos, a porcentagem aumentava significativamente.

Para os pesquisadores que lideraram o estudo, as causas podem ser mudanças nas expectativas das mulheres, filhos crescidos, e ainda a hipótese de que aquelas mulheres que não eram felizes sexualmente se divorciaram.

Ambos os sexos se mostraram mais felizes conforme eram mais longos os relacionamentos.

Os japoneses foram os campeões da felicidade, enquanto brasileiros e espanhóis apareceram ainda atrás dos americanos.

Os homens japoneses são mais de 2,61 vezes mais sexualmente satisfeitos do que os brasileiros, já as brasileiras eram as mais satisfeitas ao lado das japonesas.

Fonte: Uol

Homem gosta mais de demonstração de afeto que mulher, diz estudo

Um estudo norte-americano com casais heterossexuais de meia-idade chegou à conclusão que, em se tratando de relacionamentos duradouros, os homens gostam mais de demonstrações de afeto do que as mulheres.

A pesquisa feita por sociólogos do Instituto Kinsey, da Universidade de Indiana (EUA), é a primeira de cunho internacional sobre o comportamento sexual de casais –e coloca no chão muitas teorias tradicionais.

O grupo estudado envolveu mil duplas com idades entre 40 e 70 anos que viviam relacionamentos longos (25 anos em média) em cinco países. A saber: Brasil, Espanha, Japão, Alemanha e Estados Unidos.

A disparidade entre ambos ficou evidente na questão sobre contato físico. Os homens citaram abraços, beijos e afeto como sendo mais importantes para a felicidade do casal, mas as mulheres, não.

Elas afirmaram que o beijo e o abraço não contribuíam tanto com a felicidade delas.

Os homens que beijavam e abraçavam mais eram também três vezes mais felizes do que os que não faziam o mesmo, segundo estudo que está publicado em “Archives of Sexual Behaviour”.

OS MAIS FELIZES

Outro dado é que os dois grupos disseram que eram mais felizes e aproveitavam melhor o sexo quanto mais longa fosse a relação com o parceiro. Mas foram as mulheres que mencionaram mais a satisfação sexual, maior do que nos estágios iniciais da relação, enquanto os homens citaram a felicidade.

Os japoneses se consideraram os mais felizes entre todos os homens que participaram da investigação. Entre as mulheres, foram as japonesas e as brasileiras. Em termos de satisfação sexual, mais uma vez despontaram os japoneses e os brasileiros.

O estudo também indicou que homens que tiveram muitas parceiras ao longo da vida eram menos satisfeitos sexualmente do que aqueles que tiveram poucas.

Fonte: Folha.com

Pais forçam meninas a mudar de sexo na Índia

O governo do Estado indiano de Madhya Pradesh está investigando denúncias de que mais de 300 meninas foram cirurgicamente transformadas em meninos em uma cidade de Indore. Os pais teriam pago cerca de R$ 5.000 para que fosse realizada a operação plástica.

Mulheres e ativistas dos direitos da criança denunciaram a prática como algo  que “escarnece das mulheres na Índia“. O desejo dos pais de transformar suas filhas em filhos é motivado pela esperança de melhorar as perspectivas da família por meio do casamento.

Ranjana Kumari, do Centro de Pesquisas Sociais e uma das líderes ativistas contra o feticídio feminino, disse que a transformação cirúrgica de meninas em meninos são um sinal de crescimento da  ”loucura social”  na Índia.

“As pessoas não querem compartilhar suas propriedades ou investir em dotes para as filhas nem pagar para que elas estudem. É uma classe média ávida por ter cada vez mais dinheiro.”

Há décadas a Índia já pratica o feticídio feminino – abortos seletivo de sexo – por famílias que temem os custos do casamento e os dotes que precisam pagar. Estima-se que exista no país sete milhões a mais de meninos que meninas com idade inferior a seis anos. Agora os ativistas dizem que a opção pela cirurgia significa que as meninas não estão mais seguras, mesmo depois do nascimento.

O doutor VP Goswami, presidente da Academia Indiana de Pediatria, em Indore, considera o procedimento absurdo. “A genitoplastia é possível em um bebê normal, que nasce com ambos os sexos. Porém, mais tarde esses órgãos não vão crescer com a influência hormonal e isso resultará em infertilidade, bem como impotência. É uma notícia chocante e vamos tomar as medidas corretivas “, disse ele. “Os pais precisam considerar o impacto social, além do trauma psicológico de esses procedimentos podem gerar na criança.”

Para resolver esse problema, o governo precisa salientar o valor espiritual que uma mulher traz a uma casa na cultura hindu. “Na Índia, dizemos que deus reside na casa onde há uma mulher, mas que saiu dali por causa de tanta cobiça. Precisamos enfatizar a riqueza espiritual que uma menina traz a uma família e também apoiar as famílias mais carentes com subsídio financeiro e empregos”, acrescentou Ranjana Kumari.

Via Pavablog

“Root Raters”, a perigosa moda de comentar encontros sexuais na internet

Exposição de adolescentes na rede preocupa pais, professores e a polícia

Sydney – Os chamados “Root Raters”, páginas das redes sociais criadas na Austrália e utilizadas para pontuar e comentar um encontro sexual, tornaram-se uma potencial ferramenta de difamação entre adolescentes.

A consultora em segurança na web Susan McLean explica à Agência Efe que “aparentemente este fenômeno teve origem na Austrália ou é predominantemente australiano” e foi inspirado nas conversas picantes que circulam no Facebook e em outras redes sociais similares.

Os usuários destas páginas podem dar anonimamente uma pontuação de 1 a 10 a um encontro sexual ou “root” (uma gíria vulgar australiana) e inclusive podem emitir opiniões humilhantes sobre o tamanho dos órgãos genitais e a aparência de certas partes do corpo.

Na Austrália, por exemplo, o “Root Rater” no Twitter convida os usuários a “compartilhar” um encontro “fantástico” identificando a pessoa e sua cidade, além de dar uma pontuação e detalhes do ato mediante o anonimato de quem comenta.

“Tamanho decente (do pênis)”, “grande traseiro” e “nota 9 porque não foi suficiente” estão entre os comentários mais moderados feitos neste tipo de páginas que aparecem e desaparecem rapidamente porque muitas vezes são fechadas pelas próprias redes sociais ou denunciadas às autoridades.

Centenas de adolescentes na Austrália visitaram e deixaram seus comentários nestas páginas que surgiram há poucos meses e tendem cada vez mais a se concentrar em uma região geográfica pequena, como uma escola ou um bairro.

Os escândalos em torno dos “Root Raters” se sucedem na Austrália e preocupam pais, professores e autoridades.

Nesta semana foi fechado um destes sites nos balneários do norte de Sydney que já contava com 1,2 mil usuários, entre eles alunos de várias escolas da região, informou o jornal “Sydney Morning Herald”.

Neste “Root Rater” há comentários de uma adolescente com “muitos pelos” e de outra “sempre disposta” a fazer sexo, o que motivou a diretoria das escolas a abrir uma investigação sobre o caso.

Apesar da crueldade e da vulgaridade dos comentários, quase dois terços do que os adolescentes publicam nos “Root Raters” é “remotamente verdade”, afirma McLean, que foi a primeira agente da Polícia do estado australiano de Victoria a se especializar em segurança na internet.

Muitos dos jovens não tiveram os encontros sexuais que relatam nas redes, mas divulgam nomes e fotos com o fim de ferir e humilhar as vítimas dos comentários, destaca a especialista.

O jornal “The Northern Star” publicou neste mês o caso de Renee Joslin, uma jovem de 18 anos, que fez uma dura crítica sobre este tipo de atividades no site “Lismore Root Rater” e, em dez minutos, já havia comentários sobre seus atributos sexuais.

Tanto as autoridades australianas quanto os especialistas advertem que aqueles que fazem comentários nestas redes sociais podem ser acusados de difamação, assédio sexual ou punidos por violar uma lei federal sobre o uso de internet para ameaçar, ofender ou intimidar uma pessoa.

Os adolescentes, cada vez mais imersos no uso das novas tecnologias, passam a utilizar este tipo de páginas de forma “impulsiva” e “instantânea”, enquanto os adultos consideram que esta atividade pode ser “divertida”, avalia McLean.

Fonte: Exame

Síndrome da excitação interminável não tem cura e causa transtornos

CLARISSA MELLO
Direto do Rio de Janeiro

Ter orgasmos várias vezes ao dia não é sonho. Foto: Getty Images

Já imaginou ter um orgasmo a cada meia hora? E se, para isso, você não precisasse fazer nenhum esforço? Parece até um sonho, não é? Pois, para algumas mulheres, isso é possível, mas virou pesadelo. Trata-se da Síndrome da Excitação Sexual Persistente, doença que traz sérios transtornos e não tem cura ou tratamento.

A síndrome ainda é pouco estudada: relatos científicos que já existem revelam possível desconexão entre nervos dos órgãos sexuais e emoções. As portadoras percebem que seu corpo exige o orgasmo sem que haja, no entanto, experiência sexual envolvida. Na maior parte dos casos, essa exigência se torna uma tensão que gera dor e desconforto. Não para por aí: acontece a cada 30 minutos. Ou até menos.

“Um mínimo de estímulo (sons, como o da máquina de lavar, e sensações, como água do chuveiro) causa orgasmo”, explica a diretora do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática, a urologista Sylvia Faria Marzano. A causa da doença é desconhecida. Alguns casos podem se dever a lesões em nervos da região pélvica. “Uma alteração no nervo pode fazer com que o clitóris seja estimulado o tempo todo. Mas há pacientes que não tiveram lesão”.

Documentário
No documentário 100 orgasmos por dia, que estreia neste domingo (26) às 23h no canal de TV a cabo Discovery Home & Health, três americanas explicam como tentam lidar com a síndrome. A maior dificuldade é encontrar médico capaz de diagnosticar o problema. Muitas vezes, essa busca pode durar anos.

Além disso, pelo fato de a síndrome ser pouco conhecida, as mulheres precisam lidar com o constrangimento e o preconceito – até mesmo por parte da família. Ainda sem tratamento, elas se submetem a terapias experimentais. Até agora, só uma demonstrou algum efeito: a acupuntura eletrônica, que dá pequenos choques. Mas os orgasmos só desaparecem por algumas horas.

A doença pode atrapalhar os relacionamentos. “Se o parceiro não for consciente, pode sentir-se diminuído, já que o homem se acha responsável por dar o orgasmo”, diz Sylvia.

Caso de Rachel, que relata a convivência de 8 anos com a síndrome no documentário. No início, o marido, John, gostou. Mas agora se sente mal por não satisfazer a mulher: “por ela, seria o tempo todo. Não consigo sempre”, diz. “Eles vêm a cada 30 segundos. Estou sempre pronta, por isso minha vida sexual é intensa. Mas se eu não controlasse, viveria só na cama’, conta Rachel.

Fonte: Terra

É possível viver bem sem sexo, dizem especialistas

ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
DE SÃO PAULO

Esta o assexual ouve direto: “Como sabe que não gosta de sexo se nunca fez?”.

A pedagoga Elisabete Oliveira, que pesquisa assexualidade no doutorado da USP, rejeita a lógica. “Quando se é heterossexual, ninguém pede provas. Alguém pergunta se você transou com um gay para ter certeza de não ser um?”

Em alguns casos, o desinteresse pode, sim, ser sintoma de algo errado, como hormônios desregulados.

Mas Elisabete questiona “a crença de que o desejo é universal”. Há pessoas que simplesmente não o sentem e vivem bem, obrigado.

“Os assexuais não se veem como doentes, alguém que sofreu um trauma de infância ou algo do tipo.”

E não é a parte fisiológica que vem “quebrada”, diz Elisabete. Antes de se definirem assexuais, “alguns até fazem sexo, pois pensam que é a coisa ‘normal’. Mas não sentem atração.”

A falta de apetite sexual só deve ser tratada se virar um incômodo, segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, Maria Luiza de Araújo.

“Temos que tomar cuidado com a tendência de medicar tudo. Se o jovem se sentir bem assim, pode levar uma vida perfeitamente normal sem pôr a sexualidade como ponto principal.”

Fonte: Folha.com